Nunca dantes nos amores passados
Houvera dor como a do amor presente
Eis postura de um vil penitente,
Medo deveras de um autopecado...
Nunca! Eis medo, o abandonado,
Filho da porfia, vilã da ardura,
Faz-se presente na vida madura,
Que se entrega sendo um violentado.
Amores, sabores, quais bens nos trazem,
Se sempre nos ferem e queremos mais?
Será medo da solidão mordaz,
Será o triste langor da vida nua?
Sei que há apenas a lembrança tua,
Que restará onde os sonhos jazem.
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