a Rute.
deixa dizer do abraço rico
e do olhar, que qual tormento,
deu-me o céu e algum alento,
deu-me a mão (que hoje suplico);
a vida nossa em rebeldia!
ah, soubessem deste teu tato
- poesia? será torquato?-
tua voz, doce melodia,
que me eleva aos ricos picos
de tua terra, e me liberta,
e me recorda dos impudicos
amores lindos, e desconcerta,
com tua bondade e tua beleza,
creio no amor - tua proeza!