é certo, amor, que um dia de repente,
quando o sol não nos vibrar altissonante
e a luz do teu sorriso,
as pétalas largas da face,
não mais refletirem esta tormenta:
nesse dia, eis o imortal.
o teu silêncio,
bradado e brando
rasgará a carne da bochecha
num grito de espanto!
o incompreensível inenarrável
homem pútrido lânguido
que somos, fora;
e em bom intento,
en bonne entente,
a tirânica sucessão cessará
o tempo negro cor de noite
retornará ao ventre
e a terra-mãe, à moléstia primordial,
é certo, amor, se um dia de repente.
terça-feira, 26 de setembro de 2017
sábado, 2 de setembro de 2017
Visita
Um belo dia conheci a morte
E a vadia era uma dama feia
Ela tecia uma horrenda teia,
Onde jazia a nossa senda, sorte.
A sombra dela, imensa, pela vida
Espalha uma dor bem pungente
E com terror assombra toda gente,
Como um tenor atinge uma altiva.
Era uma fera, eu era uma presa,
Fugindo em pressa da felina garra:
Viver é coisa rara.
Ela arrancava da minha presença,
Fazia a ausência de quem eu amava.
Morrer me deprava.
E a vadia era uma dama feia
Ela tecia uma horrenda teia,
Onde jazia a nossa senda, sorte.
A sombra dela, imensa, pela vida
Espalha uma dor bem pungente
E com terror assombra toda gente,
Como um tenor atinge uma altiva.
Era uma fera, eu era uma presa,
Fugindo em pressa da felina garra:
Viver é coisa rara.
Ela arrancava da minha presença,
Fazia a ausência de quem eu amava.
Morrer me deprava.
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