a L.
Ocídua a noite
entrega a língua tua
passos, tatos, restos, rua.
Ocídua a noite
chegando já ao ocaso
danos, panos, somos, caso.
Ocidua a noite,
no teu ranger de dentes
ai, rogo, não mais me tentes.
Oh, dama, da noite ocídua
abriga-me em teus braços
que o mundo se harmoniza
Recosto é minha espádua
de teu cansaço e alegria
carrego em minha anágua
o corpo denso, a língua macia.
Oh deusa, tão linda e breve,
ocídua tal como a noite,
lanço-me em teu corpo leve
pois temo que tu se amoites.
Se amoitares o meu amor
na tua boca bem decídua
não duvides, não foi pouca
nossa noite, noite ocídua.
Adorei
ResponderExcluirSó que agora postar anônimo não tem graça, você vai saber que sou eu...rs
O melhor poema do seu blog, com a melhor musa inspiradora, sem sombra de dúvidas.
ResponderExcluirConcordo com o comentário acima
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