Tracejando
em
compassos
Meus
passos buscam
teus
finos traços
Meus
braços,
teus
castos abraços.
Onde
andarás?
meus olhos
pedintes
veem todas
as passantes
curiosos.
curiosos.
Todos são
felizes menos eu?
Nas redes
sociais,
sorrisos, poses, haikais.
sorrisos, poses, haikais.
É normal
ser tão sozinho?
.
.
.
Vejo os
casais pelas ruas
comparo-me
com os homens
armadilhas
do amor:
sou
péssimo autor, tosco poeta.
Na balança, o pendor
sempre me afasta, nunca te afeta.
Uma companhia, apenas.
Mãos, lábios, tatos e
queimaduras.
E nada mais.
Ou talvez a morte
Portanto, ouvi-me,
moças!
Beijo-as
todas
com os
olhos.
Se me
beijares na boca
- e isto é
um convite -
contigo,
seria amor.
Estranho,
mas o nosso amor.
Não me
acolhes nunca.
Nem sei
quem tu és
A luminosa
étoile du ciel
ou a linda
flor do cerrado.
Cerradas
as minhas pálpebras
abertas as
minhas asas
convido-te,
convido-as.
Sei-me
sozinho
e isto me
afeta,
dá-me até
azia.
Moça,
suplico:
sou teu
poeta,
seja minha
poesia?!
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