terça-feira, 1 de abril de 2014

Minha poesia

Tracejando
em compassos
Meus passos buscam
teus finos traços
Meus braços,
teus castos abraços.

Onde andarás?
meus olhos pedintes
veem todas as passantes
curiosos.
Todos são felizes menos eu?
Nas redes sociais,
sorrisos, poses, haikais.
É normal ser tão sozinho?
.
.
.

Vejo os casais pelas ruas
comparo-me com os homens
armadilhas do amor:
sou péssimo autor, tosco poeta.
Na balança, o pendor
sempre me afasta, nunca te afeta.
Uma companhia, apenas.
Mãos, lábios, tatos e
queimaduras.
E nada mais. 
Ou talvez a morte

Portanto, ouvi-me, moças!
Beijo-as todas
com os olhos.
Se me beijares na boca
- e isto é um convite -
contigo, seria amor.
Estranho, mas o nosso amor.

Não me acolhes nunca.
Nem sei quem tu és
A luminosa étoile du ciel
ou a linda flor do cerrado.
Cerradas as minhas pálpebras
abertas as minhas asas
convido-te, convido-as.

Sei-me sozinho
e isto me afeta,
dá-me até azia.
Moça, suplico:
sou teu poeta,
seja minha poesia?!

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