quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Tempo perdido

Durante muito tempo, deitava-me cedo
Tão cedo quanto não me levanto,
Pois envolvido me via no encanto,
De amor, prazer, que adormecer era degredo,

Deitava-me cedo, pensando em coisas mil,
No amor de Delfina por Adolfo,
Dessabor, que aumenta, é balofo,
Lembrando o passado, persistente, coisa vil.

Vivia em mil recantos, pois literato
Somente é homem; deixo pra alguém
desse meu conto viver do que canto,

Se sobrevivo lendo, se não vivi ,
Vivo sabendo que apenas sei bem
O desvairar de poeta que atrevi .

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