Naufragar em ilha hostil,
Ou boiar no mar tormento,
O amor é duro alento,
Do morrer, ele é o estio!
É beijar-te a carne nua,
As dobras lisas das coxas,
E deixar-te as ancas roxas
Percorrendo a língua tua
Com a gramática da pele.
Pois te amo com o ardor
Do amante que atrele
O morrer em ti por dentro,
Em tua carne que desventro,
C'o cálido e puro amor.
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