terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Ensaio em Chauchat

Podendo dizer numa linha
Tua única e linda homenagem,
Mocinha, vendo a tua imagem
A face de Deus me avizinha.

Olhando teu dorso delgado,

Teus olhos cinzentos, quirguizes,
Teus braços, tuas cores, matizes,
O tempo adormece pausado...

Visando lançar meu tormento

Empenho o meu hábil pensar,
"É digno o duro lamento
Humano, progresso onde está?"

Volteio... e estou logo em ti!

Oriento-me ao oriental,
À tua doçura indolente,
Madame, minha dona vestal,

Malina, não mais me adoente

Pois quero te amar no Ural.


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