terça-feira, 26 de setembro de 2017

Cosmothanatos

é certo, amor, que um dia de repente,
quando o sol não nos vibrar altissonante
e a luz do teu sorriso,
as pétalas largas da face,
não mais refletirem esta tormenta:
nesse dia, eis o imortal.
o teu silêncio,
bradado e brando
rasgará a carne da bochecha
num grito de espanto!
o incompreensível inenarrável
homem pútrido lânguido
que somos, fora;
e em bom intento,
en bonne entente,
a tirânica sucessão cessará
o tempo negro cor de noite
retornará ao ventre
e a terra-mãe, à moléstia primordial,
é certo, amor, se um dia de repente.

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