terça-feira, 4 de julho de 2017

Herança (Ou Erato)



Amo-te, meu amor, como um infante
Vive perdido amor, tolo e ardente;
Amo-te tanto, como amou a Dante
Beatrice, dele, amiga e confidente.

Amo-te em sanha, em muitos rincões
Onde embrenhei na tua bruta selva,
Dama malina, dama sem perdões,
Que me viola, morte, que me enleva.

Esqueço e lembro de quem tu és filha,
E me anuvia este esquecimento:
Sei! És da memória e do tormento!

Musa minha, cantais por minha boca!
Amo-te e amei-te com a desesperança
De ser mortal e seres minha herança...



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