Se hoje a morte vier,
De forma banal... Qualquer...
Torpor que só nisto
consista:
Morto vai mais um
artista!
Mas se a morte é vergasta,
E infausta a vida nefasta,
Deixo de modo
simplista:
Foi-se um
idealista!
Caso trouxeres na boca
Nome que ainda lhe
toca,
Não lhes dê muito na
vista:
Só minha ideia persista!
Se hoje a morte me
chega,
E nela a minha macega,
Minha partida
imprevista,
Deixo-te aqui uma
pista:
Em terra, só há
perdão
Se enfrenta toda podridão,
Luta, chuta,
resistas:
Às favas com os juristas!
Que venha em minha Cripta,
Epílogo d'obra altista,
Frase da nobre conquista:
“Já morto, e jaz comunista!”
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