não faço
poemas belos
não
engrandeço deuses, nem
zombo dos
homens
não falo de
ninfas, nem comparo
mulheres,
musas, afrodite
Acredite em
mim!
Meu poema é
sujo:
tem terra e
sangue e um pouco de
porra do
trabalhador solitário.
alimentou-se
de pão amanhecido e café requentado e pagou fiado
(até riu da placa de “não aceitamos fiado" que sempre estivera ali)
(até riu da placa de “não aceitamos fiado" que sempre estivera ali)
Acostumado a
sofrer,
meu poema é
triste e resignado:
patrão,
rotina e salário.
Mas não
ouse desafiá-lo!
De súbito,
pode voltar a falar dos clássicos.
Daí para
ti que dormiu César:
ele acordará
Spártacus!
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