sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A Ilha

Amei-te primeiro em poema,
depois descobri teus heróis.
E foi vendo quem lhe condena
que amei mais teus arrebóis.

A impulsão da história,
parida em teus braços fortes,
nos deu a ilusão da vitória,
perdida em torturas e choques.

Sem folga, num claustro tão teu,
oh seio, oh terra mulata!,
combinando os crentes e ateus,
assustou todo aristocrata.

A “gramna” que cresceu no azul,
e montou e subiu a sierra,
fez brilhar o cruzeiro do sul,
fez tremer todo dono de tierra.

Je suis Fidel a ti
querida irmã, mas sei
Che ancora existem aí
burocratas e decretos-lei.

Defendo-te com sangue e brasas!
Meu corpo cansado e suado
na frente de ianques e caças
é todo teu, é todo armado.

Amo-te com esperanças,
amo-te e minha fé aduba,
amo-te em minhas vinganças,
sonho-te e nada derruba:

se és livre, se és Cuba!

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